Choro de Rua, uma revolução musical
O Choro não tem um lugar fixo. Ele está em todos os lugares, a qualquer hora. Bastam os primeiros acordes e… ei-lo. Esta é a essência do projeto Choro de Rua.
Em Março de 2012, quando estive em Nova York, deu-se a largada para um novo projeto que tem a cara e a essência do Choro. Junto ao excelente violonista 7 cordas César Garabini, tocamos praticamente todos os dias pelas ruas da Big Apple, nas estações de metrô, no Central Park. Qualquer momento era hora de tocar Choro e levá-lo ao público novaiorquino.
Pronto, estava ali o embrião do projeto Choro de Rua. Ora, atravessado o Atlântico, estou desenvolvendo-o também na Europa.
Assim que voltei à Itália, convoquei meu caro amigo Paolo Papalini para darmos continuidade ao projeto. Claro, ele topou na hora. Dias depois, juntou-se a nós a flautista marquesa Barbara Piperno. Tocamos por dez dias seguidos em desvariados pontos de Torino.
Agora, ninguém mais poderá impedir a expansão do Choro de Rua.
O núcleo do Choro de Rua é formado por mim ao violão 7 cordas, por Barbara Piperno à flauta e Paolo Papalini ao acordeon. A formação exata que você vai encontrar pela rua, porém, é um mistério — exatamente como no Choro. Hoje pode ser violão, acordeon e flauta, amanhã pode ser um quinteto com percussão, três sopros e cavaquinho, no outro dia pode ser bandolim solo. O importante é fazer Choro séria e divertidamente, exatamente como os chorões sempre fizeram.
São vários os lugares de Torino em que você poderá encontrar o Choro de Rua em ação:
— Piazza Pixinguinha (antiga Piazza Cavour)
— Piazza Patápio Silva (antiga piazza Carlo Alberto)
— Calçadão Jacob do Bandolim (antiga via Garibaldi)
— Pórticos Monumentais Anacleto de Medeiros (Piazza Castello, esquina com via Roma)
Mas claro, Choro de Rua não se limita a Torino. Ele pode acontecer em qualquer lugar do mundo. Hoje na Itália. Amanhã nos Estados Unidos. Depois de amanhã… na frente da sua casa.
Na realidade, não se trata um projeto de agora, nem nada de inovador. Há anos que toco bandolim e violão pelas praças de Torino, Madrid, Paris, Barcelona, qualquer lugar. Basta-me um banco, uma sombra, transeuntes sem-pressa e, claro, uma boa distância de típicas intempéries urbanas anti-musicais — tais como carros, obras, crianças gritando, lojas de roupas com música tuts-tuts.
Encontradas estas condições mínimas, pronto; o Choro tem seu espaço garantido.