Como copista, fiz meus primeiros trabalhos com o programa Finale 3.2, nos idos de 1995. Em 2002, passei a usar também o Sibelius, um software mais moderno que em sua versão 2 praticamente já atingia o mesmo nível profissional do Finale. Desde então, o Sibelius evoluiu muito rapidamente, transformando-se a minha melhor opção para edição de partituras. Em contrapartida, a arcaica arquitetura do Finale, projetada na década de 80, permaneceu praticamente a mesma durante toda a sua existência (a MakeMusic anunciou sua descontinuação em 2024) e sem aportar inovações consideráveis ao longo desse tempo todo.
Nenhum software para edição de partituras é completo, por isso trabalhar como copista “digital“ exige muitas vezes pesquisar possibilidades, ler os manuais atrás de uma nova solução, conhecer os recursos e os limites de cada programa. Somente com muita pesquisa e criatividade podem-se resolver os diversos desafios que cada partitura oferece.
Ao longo dos anos, vários outros softwares ofereceram bons recursos, como por exemplo o Overture, o Mozart, o Encore, o Dorico, ainda que estejam longe do mesmo nível de profissionalismo do Finale e do Sibelius. O recente uso da linguagem XML abre novas portas no campo da edição digital, assim como alguns programas de código aberto que estão sendo desenvolvidos. Os dois principais projetos nesse campo são o LilyPond (www.lilypond.org) e o MuseScore (www.musescore.org).
Hoje é fundamental para um copista manter-se atualizado frente às novas tecnologias que vão surgindo, além é claro de participar fóruns e listas de discussão sobre edição musical, podendo assim trocar informações e experiências com copistas do mundo todo. A ajuda mútua via internet há muitos anos é pratica corrente entre os copistas profissionais.