Verinha, Dermeval neto
Vitor Casagrande, um dos mais importantes bandolinistas de choro e samba da cena musical de São Paulo, esteve de passagem pelos Estúdios Chorísticos Irineu de Almeida e, como não poderia deixar de ser, aproveitamos a oportunidade para gravar uns choros. Eis cá o belo choro Verinha, de Dermeval Neto, conhecido como Furinha.
Vitor Casagrande, bandolim
Marco Ruviaro, violão 7 cordas
—
Quem foi Demerval Neto?
Demerval Fonseca Neto nasceu em 9/6/1903 no bairro carioca do Catumbi. Foi criado em ambiente musical, contando em sua família com vários músicos amadores. Por volta de 1920, se iniciou no cavaquinho passando posteriormente para o bandolim. Pouco depois trabalhou em orquestras, período em que começou a compor. Em 1935, abandonou as atividades musicais para se dedicar à Odontologia.
Em 1926, passou a integrar a Orquestra Raul Lipoff, atuando como executante de banjo. Em 1928 teve o choro “Tudo teu”, gravado pelo trompetista “Djalma Guimarães na Odeon. Em 1929, obteve sucesso com o choro “Verinha”, gravado também pelo trompetista Djalma Guimarães na Odeon. Em 1930, sua composição “Tristeza havaiana”, em parceria com Lamartine Babo, foi gravada por Francisco Alves com acompanhamento da Orquestra Pan-American, e solo de guitarra havaiana do próprio autor. Em 1931, passou a integrar a Orquestra de Simon Bountman, que atuava no Cassino da Urca, onde se manteve até 1935, ano em que abandonou sua atividade musical. Dentre suas composições gravadas, destacam-se “Distância infinita” com registro de Paulo Tapajós e “Onde estás (com Radamés Ganatalli), gravada por Vero, pseudônimo do pianista Radamés Gnatalli.
Fonte: Dicionário Cravo Albin