O termo Copista, no âmbito musical, indica basicamente o profissional que possui conhecimentos técnicos para digitalizar partituras. O copista precisa conhecer a prática de notação de cada instrumento, as variações de estilo de composição e de escrita, além de conceitos de design gráfico para se obter uma diagramação profissional de uma partitura.
A função de copista sofreu alterações ao longo dos séculos. No Egito, os escribas aprendiam o ofício desde jovens, e desde o século III a. C. há registros de cópias de livros e textos feitas por profissionais romanos. O legado escrito dos séculos mais remotos, entretanto, provém principalmente dos centros monásticos europeus, onde monges tinham por função reproduzir livros. Especula-se que um bom monge copista fazia duas ou três páginas ao dia.
Além do procedimento individual de cópia, em alguns casos os textos eram ditados a vários monges que trabalhavam simultaneamente em um setor do monastério conhecido por “scriptorium”. A boa reputação de um “scriptorium” dependia da qualidade dos exemplares ali produzidos.
Desde o século VIII, copistas sem vínculos com a igreja prestavam serviços aos “scriptoria”. Mas foi somente a partir dos séculos XII e XIII que a profissão de copista se difundiu, com o surgimento das Universidades e o conseqüente aumento da demanda por livros. As condições de trabalho em geral eram péssimas, o que acarretava aos copistas vários problemas de saúde, visuais especialmente.
Mesmo depois da difusão da impressão gráfica, a partir do século XVII, o ofício de copista sempre foi necessário, especialmente na criação de originais como na confecção de partes instrumentais para orquestra. Um dos nomes mais famosos no ramo foi o filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), que passou boa parte de sua vida trabalhando como copista musical para poder sustentar-se.
Os profissionais de edição musical são indispensáveis ainda hoje. Precisam deles compositores, arranjadores, editoras e orquestras, que muitas vezes empregam copistas para preparar partituras de obras não editadas, ou editadas sem as partes individuais dos instrumentos, por exemplo.
Com a expansão dos recursos de informática, a cópia manual de partituras foi praticamente abolida. Há sofisticados softwares que permitem a confecção de qualquer tipo de notação, e qualquer pessoa que tenha acesso a um computador pode facilmente digitar notas em compassos.
Mas, assim como em qualquer área, há trabalhos profissionais e não-profissionais. Muitos detalhes costumam passar despercebidos aos olhos de um copista desatento, como por exemplo pequenos erros ou incoerências de escrita (às vezes existentes no original do próprio compositor); cabe ainda ao copista propor alterações na forma de notação, na distribuição de compassos etc. São várias as situações que exigem um cuidado profissional, por isso um copista musical não pode limitar-se meramente a “fazer cópias”.
Informações ainda mais detalhadas você pode encontrar no site Music Printing History.