Tudo começou no final de Março, quando cheguei a Paris… adverti meus amigos franceses de minha chegada com a seguinte correspondência:
“Depuis d’amagnan, quatrième-foire, je vais desembarquer à l’Avant Garde de Lyon pour toquer un peu de Cheaureau avec mes amis françaises! Je voudrais aprofiter l’occasion pour lasser il mon très obligé au mon ami Denis, qu’est qui m’a enseigné à parler et escriver en français une fois en que nous jouions un peu de Cheaureau dans la famoise Place de la Sept Concorde”

Assim que concluí a viagem no TGV, a prioridade absoluta foi — depois de jantar e dormir, obviamente — tocar Choro. Lá estava eu, hospedado no meio da floresta Picarda, gravando uma série de choros em duo com o violonista 7 cordas Thierry Moncheny, na manhã do dia 31 de Março. Tão producente foi essa sessão de gravação que, naquela mesma noite, participei de uma bela roda de choro com o grupo Choro de Gafieira.
Do restante, pode-se inferir… rodas de choro todos os dias, en locais diferentes e com músicos diferentes, como sói ocorrer na movimentada Paris!

No dia 1.º de abril tocamos em um Café em Montmartre. Devo admitir que, ao retornar àquele bairro, já não pude reconhecer nem as ruas, nem os muros. Procurei no alto de uma escada o velho ateliê, mas este já não mais existia. Com sua nova decoração, Montmartre me pareceu triste, e os lilases… estavam já mortos.
O sábado foi dia de Choro na Place d’Aligre, e aquela bela tarde ensolarada foi tão peculiar que se fez prudente escrever outro post respeito.